Justiça Eleitoral Cassa Mandato do Prefeito de Oiapoque
A Justiça Eleitoral cassou os mandatos do prefeito Breno Almeida e do vice-prefeito Artur Sousa, acusados de abuso de poder nas eleições de 2024. Entenda o que motivou a decisão, os próximos passos do processo e o que pode acontecer em Oiapoque caso a cassação seja confirmada.
INFORMAÇÃO
Adriano Dos Anjos
7/9/20252 min ler
Justiça Eleitoral Cassa Mandato do Prefeito de Oiapoque
Entenda o caso, as acusações e o que pode acontecer nos próximos meses
A política de Oiapoque vive um de seus momentos mais tensos nos últimos anos. Em decisão de 1ª instância, a Justiça Eleitoral cassou os mandatos do prefeito Breno Almeida (PP) e do vice-prefeito Artur Sousa por abuso de poder político e econômico nas eleições de 2024. Ambos também foram declarados inelegíveis por oito anos.
Mas o que essa decisão significa na prática?


A decisão já está valendo?
Ainda não. A cassação não tem efeito imediato. Breno e Artur continuam nos cargos enquanto houver possibilidade de recurso. A defesa deve recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e só após o trânsito em julgado – quando não houver mais recursos – a decisão se tornará definitiva.
O que motivou a cassação?
A ação foi movida pelo Ministério Público Eleitoral com base em provas reunidas por operações da Polícia Federal e da Polícia Civil. Entre as principais acusações estão:
Compra de votos, com apreensão de R$ 99.850 em dinheiro vivo no carro do prefeito, às vésperas da eleição;
Anotações manuscritas indicando suposto direcionamento de recursos a eleitores;
Uso da estrutura pública para fins eleitorais, configurando abuso de poder político;
Descumprimento de decisões judiciais, como a ordem para reformar a UBS de Vila Velha do Cassiporé, que resultou no bloqueio de R$ 300 mil das contas pessoais do prefeito.
Se a cassação for confirmada, o que acontece?
Caso o TSE mantenha a decisão da Justiça Eleitoral:
Os mandatos de Breno e Artur serão oficialmente cassados;
Será convocada uma nova eleição municipal em Oiapoque, conforme determina o Código Eleitoral;
Até lá, o presidente da Câmara Municipal assumirá a prefeitura de forma interina.
Linha do tempo do caso
28/09/2024 – Prefeito Breno é preso com quase R$ 100 mil em espécie e anotações suspeitas.
Outubro/2024 – Apesar da repercussão, é reeleito com 54,45% dos votos.
Início de 2025 – Justiça Eleitoral recebe ação de impugnação e decide pela cassação em 1ª instância.
Julho/2025 – Caso ganha repercussão nacional. Aguarda julgamento de recursos no TSE.
Acompanhe os próximos capítulos
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